té a manhã desta quarta-feira (14), 52 corpos de vítimas da queda do voo 2283 da Voepass foram identificados. Desses, 27 já foram liberados aos familiares, que são os primeiros a serem comunicados sobre o andamento do trabalho de reconhecimento.
A partir das 8h30 começou o processo de comunicação às famílias para as devidas liberações, segundo boletim emitido pelo governo de São Paulo.
O avião comercial com 62 pessoas a bordo caiu em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo no início da tarde de sexta-feira (9). Ninguém sobreviveu.
A unidade central do IML (Instituto Médico Legal) trabalha exclusivamente na identificação dos corpos das vítimas do acidente aéreo da Voepass.
As equipes do governo de São Paulo seguem atendendo as famílias de vítimas no Instituto Oscar Freire, espaço localizado próximo ao IML. Nestes atendimentos, os familiares fornecem informações que subsidiam o trabalho dos peritos, além de material biológico.
Representantes do Instituto de Criminalística e do IML se reuniram nesta terça (13) com os familiares das vítimas, no hotel em que estão hospedados, para explicar como está sendo realizado esse processo de identificação e esclarecer as dúvidas, segundo o governo.
Mais de 40 médicos, equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia trabalham na identificação dos corpos das vítimas do acidente aéreo, com apoio de equipes do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt).
“Cada caso possui sua complexidade e cada vítima necessita de exames específicos para viabilizar a total identificação, não sendo possível estimar prazos para que isso ocorra”, afirmou o governo.
VOEPASS DIZ QUE DÁ APOIO A FAMÍLIAS E INVESTE EM PRÁTICAS DE SEGURANÇA
O comandante José Luiz Felício Filho, presidente da Voepass, afirmou nesta terça-feira (13) que a companhia aérea adota práticas internacionais de segurança e que está voltada em garantir assistência irrestritas aos parentes das vítimas do acidente aéreo que matou 62 pessoas, na última sexta-feira (9), em Vinhedo (SP).
Em uma gravação de vídeo, ele fez o primeiro pronunciamento desde a queda do avião ATR 72-500 em um condomínio de casas na cidade do interior paulista, matando todos os passageiros e tripulantes.
“Não estamos medindo esforços logísticos e operacionais para que todos recebam nosso efetivo apoio neste momento. Isso inclui transporte, hospedagem, alimentação, translado e todas as despesas pela qual nos responsabilizamos integralmente”, disse o executivo.
Felício lembrou ter vindo de uma origem de transportadores e desde que assumiu a presidência da empresa, em 2004, constituiu uma base com “diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional”.
“Sou piloto há mais de 30 anos e hoje o comandante mais antigo dessa empresa”, disse na gravação. “A vida dos nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um.”
“Eu e minha equipe estamos realizando reuniões diárias com os familiares e criamos também um canal exclusivo de comunicação para que todos tenham acesso de forma correta e transparente e objetiva a qualquer momento”, afirmou, em outro trecho do áudio.
INQUÉRITO POLICIAL
A Polícia Civil de São Paulo, por meio da Delegacia de Vinhedo, instaurou inquérito policial para investigar o acidente aéreo, em paralelo às investigações do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Diligências estão em andamento para esclarecer o caso.