O capitão e os três oficiais do petroleiro iraniano interceptado na semana passada em frente à costa de Gibraltar foram libertados nesta sexta-feira (12). O anúncio foi feito pela polícia do território britânico, que também informou que a investigação continua e o navio Grace 1 segue imobilizado.
O capitão do barco e o primeiro oficial foram detidos na quinta-feira (11). Outros dois oficiais foram presos na sexta-feira (13). O Irã é suspeito de transportar petróleo para a Síria, o que violaria as sanções internacionais.
De acordo com o chefe do governo de Gibraltar, Fabian Picardo, o navio estava com sua capacidade de carga máxima. O “Grace 1”, de 330 metros de comprimento, foi interceptado em 4 de julho pela polícia e os serviços alfandegários de Gibraltar, com ajuda da marinha britânica.
As autoridades do território britânico situado no extremo sul da península ibérica suspeitam que o petróleo estava sendo transportado para a Síria, o que representaria uma violação das sanções europeias contra o regime de Bashar al Assad.
Navio pode ficar retido mais 90 dias
O Irã nega que o navio estivesse se dirigindo para a Síria e pede sua “liberação imediata”, mas a Corte Suprema de Gibraltar autorizou a retenção do navio durante 14 dias, até 19 de julho, e poderá prolongá-la novamente por até 90 dias.
As prisões ocorreram em um contexto tensão crescente com Teerã. Na quarta-feira (10), os britânicos denunciaram que dois navios iranianos tentaram bloquear um petroleiro britânico no estreito de Ormuz. Nesta sexta, o Reino Unido anunciou o envio de um segundo navio de guerra à zona para reforçar sua presença militar.
Os Estados Unidos confirmaram na quinta sua intenção de formar uma coalizão internacional para escoltar os navios comerciais no Golfo Pérsico.