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Com apoio da Prefeitura de Porto Velho, produtor de café de Rio Pardo amplia produção

Município entregou mudas e dá suporte ao desenvolvimento da cultura

Há 20 anos o produtor rural Alex Guilherme deixou Nova Brasilândia do Oeste para desbravar a região do agora distrito de Rio Pardo, em Porto Velho. Ele iniciou na criação de gado e em seguida um plantio de café comum, sem resultados. Quase abandonou a cultura devido às altas e baixas de preços e, ainda, a baixa produtividade que obtinha, apesar do duro trabalho.

Até que, há seis anos, ele foi um dos produtores rurais beneficiados com mudas de café clonal, entregues pela Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Semagric). Foram 2.200 mudas entregues, além de assistência técnica para melhorar a cultura. E deu certo.

O produtor Alex e o filho cuidam dos dez alqueires de café clonal
O produtor Alex e o filho cuidam dos dez alqueires de café clonal

Desde então, ele saiu de pouco mais de dois hectares de café clonal plantados, para cerca de dez alqueires de café, com uma produção estimada para este ano de cerca de 1.600 sacas colhidas. O preço médio é de R$ 510 a saca. A média de produção em sua propriedade é de cerca de 120 sacas por hectare.

“A nossa região tem uma média de produção boa, com boa qualidade. Não deixando nada a desejar em relação a outras regiões produtoras em Rondônia. Quando comecei a plantar café aqui, a maioria não acreditava e me achava até doido. Hoje, estamos mostrando que estávamos certos, graças também ao apoio da Prefeitura de Porto Velho, que através da Semagric sempre esteve presente nos apoiando”, afirmou o produtor.

Ele seguiu recebendo mudas entregues pela Semagric e aumentando a área de plantio. “Com adubação e irrigação, estamos fazendo uma expansão na produção de café. Para produzir, precisa ter coragem, ter peito para encarar. Estamos, ano após ano, aumentando a área plantada e colhendo um café de qualidade e quem tem nos dados um bom retorno”, completou o produtor.

ACOMPANHAMENTO

Para ampliar a capacidade, ele já adquiriu uma máquina para a colheita, montou um secador e uma máquina de beneficiamento dos grãos

O engenheiro agrônomo da Semagric, Romildo Botelho, acompanha o desenvolvimento da lavoura cafeeira de Alex Guilherme e de outros produtores de Rio Pardo e outras localidades, atendidas pela Semagric.

“A Prefeitura com o Pró-Café trouxe esse incentivo aos produtores rurais, com a distribuição de mudas de café clonal e também dando um suporte para o cultivo. Infelizmente, nem todos os produtores contemplados deram continuidade ao projeto, mas quem seguiu, como é o caso do Alex, hoje colhe os frutos desse trabalho em parceria”, pontuou Romildo.

Para ele, “é muito gratificante, como técnico, ver um produtor prosperar. Não é fácil produzir no campo, por isso esse apoio do Município é fundamental e queremos dar continuidade ao trabalho”.

COLHEITA

A produção estimada para este ano é de cerca de 1.600 sacas colhidas

O produtor está em plena colheita da safra, que ocorre entre abril a junho, são 15 pessoas trabalhando a uma diária de R$ 130 cada. Para ampliar a capacidade, ele já adquiriu uma máquina para a colheita de café e montou um secador e uma máquina de beneficiamento dos grãos.

A máquina estende uma lona em cada corredor do cafezal, com cerca de 80 metros de extensão. Trabalhadores vão cortando os galhos com os frutos, já numa poda para preparar a próxima safra, outros trabalhadores vêm fazendo o complemento, retirando algum grão que ficou no pé de café. Tudo vai caindo na lona, para ser recolhido pela máquina, processo que dura menos de cinco minutos.

Quem opera a moderna máquina é Alan dos Santos, filho de Alex Guilherme, que tem 23 anos e desde cedo trabalha na lavoura com o pai. Ele chegou criança pequena em Rio Pardo e se orgulha de ser produtor rural. “Não pretendo sair da roça. Apesar de toda a dureza do trabalho, é aqui que me sinto bem e quero seguir trabalhando, junto com o meu pai no café”, declarou.

Sobre operar a máquina de colher café, uma das únicas na região, ele atesta que “fizemos um treinamento e estamos na primeira safra usando a máquina. O trabalho rende mais e estamos nos saindo bem. A gente da roça aprende rápido, pois não tem medo de trabalhar”.

Após a máquina recolher a lona, os galhos e folhas são moídos e lançados no campo, servindo de cobertura para a melhoria do solo. Os grãos são separados e acumulados em um vagão puxado por um trator, que leva o produto até o secador, onde é descarregado.

Após ser secado e beneficiado (retirada a casca), os grãos estão prontos para a torrefação e a produção é comercializada para Cacoal. Porto Velho tem mostrado a sua capacidade produtiva no campo, com o café sendo mais uma amostra de que o município é pujante no setor produtivo.

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