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Defesa Civil Municipal identifica áreas de risco e alerta famílias

Prefeitura oferece apoio logístico às famílias que necessitarem sair de casa em função de alagação

A prefeitura de Porto Velho intensifica os trabalhos de mapeamento das áreas de risco existentes na região urbana da cidade e também no baixo Madeira. O trabalho realizado pela Defesa Civil Municipal já identificou cerca de 100 famílias que poderão necessitar de apoio, caso tenham suas casas invadidas pelas águas nas regiões mais baixas da capital.

Conforme o diretor da Defesa Civil, Marcelo dos Santos, o mapeamento das áreas de risco e das famílias que poderão ser impactadas por uma possível cheia serve para que a prefeitura coloque em prática seu plano de contingência com mais facilidade e rapidez, primando sempre pela vida das pessoas. “Nosso Plano de Contingência é todo um planejamento de trabalho que elaboramos para agir em parceria com outros órgãos municipais, estaduais e até federais, caso seja necessário”, explicou.

O trabalho já foi realizado no bairro Costa e Silva, parte do Nacional, São Sebastião II, Vila Candelária, Becos do Birro, da Rede e Gravatal no bairro Balsa, dentre outras. Na rua Limeira, bairro São Sebastião II, por exemplo, as águas já estão chegando nas residências, embaixo do assoalho dos barracos de madeira, mas as famílias ignoram o perigo e se recusam a sair. “Nesse local existe uma cobra Sucuri que já foi vista por vários moradores”, disse o gerente de minimização de desastres da Defesa Civil, Rogério Félix.

Nos próximos dias, os técnicos farão o monitoramento de outros bairros, a exemplo do Areal, na região central da cidade, Triângulo, Arigolândia, parte do Nacional e Balsa. Esse serviço é realizado diariamente devido o nível do Rio Madeira ter ultrapassado a cota de alerta, que é de 14 metros. Na sexta feira (3), segundo Marcelo dos Santos, o nível do Madeira chegou a 14,58 metros. Nesta segunda-feira, a medição feita às 6h constatou que estava 14,63 metros.

Em oito dias o nível do rio subiu 2,5 metros. A continuar nesse ritmo, ainda nesta semana pode chegar a 15 metros, quando deve ser decretado o estado de alerta para que a prefeitura comece a pôr em ação seu plano de contingência, com a retirada de famílias de áreas que começam a ficar alagadas.

As famílias que moram em locais de risco, apesar de se recusarem a sair de casa por conta do perigo iminente de desbarrancamentos ou de enchente estão sendo orientadas a procurar a Defesa Civil, caso necessitem de ajuda para retirar a mudança. A prefeitura oferece apoio logístico com caminhões e pessoal para transportar a mobília. A determinação do prefeito dr Hildon Chaves é para que a Defesa Civil prossiga com o monitoramento e identificação das famílias que poderão ser afetadas, para que receba a ajuda necessária.

ESTRADA

Ainda na sexta (3), a Defesa Civil foi acionada para verificar a situação do Ramal Maravilha, depois da ponte sobre o Rio Madeira, na margem esquerda. A informação era de que um bueiro ármico havia se rompido e, por conta disso, a estrada estaria bloqueada. No entanto, os técnicos constataram que, devido a período de cheia do rio, um lago que passa por trás da comunidade transbordou e inundou a estrada. Para evitar acidentes, os moradores foram orientados a transitar por um desvio que torna a viagem cinco quilômetros mais longa, mas que oferece segurança.

RIBEIRINHOS

Marcelo Santos também garante que toda margem do Rio Madeira até o distrito de Calama, na divisa com o Estado do Amazonas, também está sendo monitorada, mapeada e sinalizada nos locais em que ocorrem desbarrancamentos. É o caso do distrito de Nazaré, onde o barranco está cedendo e praticamente toda parte da frente da comunidade teve que ser isolada pela Defesa Civil. A vila deverá ser deslocada para um terreno mais alto, na parte de trás. Calama é outra comunidade que sofre com o mesmo fenômeno e está sendo acompanhada pela Defesa Civil Municipal.

Fonte: Comdecom

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