O juiz da Vara de Execuções Penais, Hugo Torquato, deferiu o pedido do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) para que o goleiro Bruno Fernandes, que ainda cumpre pena em regime semiaberto pelo assassinato de Eliza Samúdio, faça uso de tornozeleira eletrônica.
A decisão foi baseada no pedido do Promotor de Justiça Tales Tranin que entende que o atleta do Rio Branco deve receber o mesmo tratamento dos demais reeducandos que estão no regime semiaberto no Acre.
O juiz determina ainda que Bruno use o equipamento de forma ininterrupta. Ou seja, para que o equipamento seja retirado durante os jogos, a defesa do goleiro vai ter que provar que é impossível disputar uma partida de futebol com a tornozeleira. A justiça leva em consideração um precedente aberto pelo jogador Paul McGowan, do Dundee United, da Escócia, que jogou 87 minutos de uma partida pelo campeonato escocês com a tornozeleira no ano de 2018.
“O que algumas pessoas não entendem é que o reeducando Bruno Fernandes ainda não cumpriu sua pena. Ela foi condenado há mais de 20 anos de prisão e só cumpriu 10 até agora. Ele tem mais de 10 anos ainda para cumprir. Neste momento ele está no regime semiaberto e os reeducandos do Acre nesta condição usam tornozeleira eletrônica”, afirma o promotor Tales Tranin ao justificar o pedido à justiça.
A notícia deve sacudir os bastidores do Rio Branco que neste domingo, 6, venceu o Galvez e vai enfrentar Plácido de Castro na semifinal do 2º turno, na próxima quarta-feira.
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