Navio de guerra dos EUA deixa Trinidad e Tobago em meio a tensões do governo Trump com Venezuela

Destróier USS Gravely realizou exercícios militares conjuntos com forças do país vizinho à Venezuela em meio à crescente pressão do governo Trump sobre o regime Maduro

O navio de guerra dos EUA visitará Trinidad e Tobago para exercícios conjuntos perto da costa da Venezuela em meio à campanha de Washington contra supostos traficantes de drogas na região. — Foto: Martin Bernetti/AFP

O navio de guerra americano USS Gravely deixou Trinidad e Tobago nesta quinta-feira (30) após quatro dias atracado na costa do país do Caribe, afirmou a agência de notícias AFP.

O destróier, que carrega mísseis poderosos Tomahawk, estava em Trinidad e Tobago —um pequeno arquipélago situado em frente à Venezuela— para realizar exercícios militares em conjunto com o Exército do país. Segundo a AFP, sua partida nesta quinta já era programada.

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A presença do USS Gravely em Trinidad e Tobago foi mais um movimento da ampla presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe e aumentou ainda mais as tensões entre os governos Trump e Maduro, em uma campanha do republicano para pressionar o regime venezuelano.

O governo da Venezuela criticou a presença do USS Gravely tão perto da costa do país, que classificou a como uma “provocação militar de Trinidad e Tobago, em coordenação com a CIA”. O regime Maduro também expulsou o embaixador do país vizinho por conta dos exercícios.

Durante sua passagem por Trinidad e Tobago, o destróier permaneceu atracado na capital Port of Spain e a unidade de fuzileiros navais norte-americanos a bordo do navio realizou treinamentos conjuntos com as forças de defesa do pequeno país caribenho, cuja ponta ocidental está a cerca de dez quilômetros da Venezuela.

A primeira-ministra trinitária, Kamla Persad-Bissessar, é uma fervorosa apoiadora de Trump e adotou, desde sua posse em maio de 2025, um discurso virulento contra a imigração e a criminalidade venezuelana em seu país. Caracas acusa o novo governo do país vizinho de servir aos interesses de Washington.

Já a Venezuela realizou no último sábado (25) exercícios militares com o objetivo de proteger seu litoral de eventuais “operações encobertas” aprovadas pelo governo dos EUA. Militares venezuelanos foram enviados ao litoral para um dia de exercícios ordenados por Maduro, que anunciaram ontem que os Estados Unidos “estão inventando uma guerra” contra o seu país.

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