Levar uma caneta da empresa para casa, pegar um pacotinho de açúcar, fazer algo ilegal só porque o chefe pediu. Todas estas ações podem ser entendidas como fraude. Será que as pessoas estão cada vez mais propensas a cometerem crimes? A seguir será possível acompanhar algumas situações que muita gente pensa ser algo comum mas que configuram-se como atos ilícitos.
Atividades fraudulentas fazem parte de qualquer segmento da sociedade. Dos mais ricos até os mais pobres. Da esfera corporativa até a governamental. Homens, mulheres, jovens, adultos, trabalhadores, aposentados. A fraude não tem local determinado para acontecer.
Alguns especialistas afirmam que tudo pode começar com pequenas furtos e golpes. Algo que ganha força a partir de mentiras e se transforma em crimes de maior porte. O fator psicológico é algo a ser analisado. É o que afirma o professor Muel Kaptein, da Erasmus University Rotterdam.
No estudo sobre fraude, Kaptein levantou diversas situações em que pessoas boas podem cometer atos ruins. Seja por pressão ou mesmo ao cometer pequenos furtos o professor afirma que muitos indivíduos acabam repetindo estas ações de forma progressiva. Tudo vai se agravando conforme o tempo vai passando.
Alguns cenários elencados nos estudos de Muel Kaptein compõem o ambiente ideal para processos fraudulentos. A visão de túnel é uma delas. Citada pelo pesquisador quando alguém fixa um objetivo e acaba fazendo qualquer coisa para atingí-lo, mesmo passando por leis, normas e convenções.
Outro ponto explorado pelo professor é a Visão de Pigmalião. Na psicologia este conceito se concretiza quando as pessoas criam uma expectativa e ela se concretiza. Quando o assunto passa para a temática da fraude, o mesmo pode acontecer, só que com um efeito negativo. Um colaborador, quando é acusado muitas vezes de ter furtado algo, pode gerar um cenário que o faça concretizar este furto em oportunidades futuras.
Um outro exemplo é a pressão advinda por parte de superiores no ambiente de trabalho. Neste sentido, os profissionais podem ser coagidos a efetuarem alguma ação a pedido de alguém de maior hierarquia na empresa. Ao concordar em executar determinada atividade ilegal, o funcionário passa a ser cúmplice e também fraudador. Muitos usam este contexto como uma desculpa para explicar porque realizaram ações criminosas.
Combater excessos no ambiente corporativo têm sido uma das prioridades de empresas que querem extinguir a fraude de seu meio. Esta batalha contra assédios, pressões e ações fraudulentas não é fácil. A formação de conselhos de gestão e um acompanhamento mais próximo dos públicos de interesse (colaboradores, fornecedores, clientes e afins) são exemplos de como dificultar a fraude no setor empresarial. De qualquer forma, trata-se de um desafio para as corporações, pois existe também a preocupação de deixar o ambiente de trabalho cada vez mais leve e agradável.
Independente das circunstâncias é sempre relevante abordar o tema de fraude e seus desdobramentos. Ao entender quais iniciativas podem configurar esse crime mais pessoas poderão ajudar a combatê-lo. É a oportunidade ideal para levar informação a indivíduos que ainda têm dúvidas sobre o assunto.
https://pedromaganem.jusbrasil.com.br/artigos/517310145/o-que-leva-uma-pessoa-a-praticar-um-crime
https://www.psiconlinews.com/2016/07/voce-conhece-o-efeito-pigmaliao.html
https://portalnovarejo.com.br/2016/09/5-tendencias-de-combate-fraude/
https://www.acfe.com/content.aspx?id=4294999346
https://www.businessinsider.com/why-people-commit-fraud-2013-5
https://www.whistleblowersecurity.com/23-reasons-good-people-commit-fraud/
http://wickesforensicaccounting.com/2017/11/12/people-commit-fraud/
https://www.forbes.com/sites/sarahwatts/2019/03/21/the-psychology-behind-scamming/
https://www.applegrowth.com/three-reasons-why-employees-commit-fraud-and-how-you-can-stop-them/