Buscando fortalecer a agricultura familiar e o cooperativismo, a Prefeitura de Porto Velho está realizando, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), um diagnóstico da situação das agroindústrias que já funcionaram ou que estão ativas na capital, com o objetivo de melhorar a capacidade produtiva de cada uma delas.
Na tarde de quinta-feira (18) foram feitas as apresentações das cooperativas CoopproJirau e Coomade ao secretário adjunto da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric) , Gustavo Serbino e aos consultores do Sebrae.
Instalada em Nova Mutum Paraná, a Cooperativa de Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau (CoopproJirau) desenvolve projetos de geração de renda, capacitações e assistência técnica, além da organização da produção agropecuária para comercialização.
Composta por 159 cooperados, a Coopprojirau é gestora de duas agroindústrias: de açaí e de farinha, sendo que a agroindústria de açaí tem capacidade de processamento de 3.500 latas por dia e a de farinha de 1 tonelada ao dia.
“Com investimento a nossa produção pode dobrar ou triplicar, dependendo da demanda e da absorção do mercado. Para que isto aconteça, hoje nós viemos fornecer informações necessárias para o levantamento e diagnóstico de produção da área onde estamos instalados. Nós fomos procurados pela Semagric e pelo Sebrae para desenvolver em parceria o projeto de fomento para as agroindústrias que foram viabilizadas através de compensação social. É muito importante que eles tenham essa iniciativa para que possam estar dando apoio a essas cooperativas que foram criadas ao longo desse processo”, reforçou Cássio Almeida Conrado Braga, gerente geral da CoopproJirau.
Já a Cooperativa de Agroextrativismo do Baixo e Médio Madeira (Coomade) reúne 175 cooperados e 5 agroindústrias, são elas: polpa de frutas em Cujubim, castanha em São Carlos, polpa de frutas em Nazaré, babaçu em Calama e farinha em Demarcação.
Com o planejamento, a cooperativa pretende fomentar a produção, atendendo a demanda de processamento. “Nós somos deficitários na produção no baixo madeira. Com esse diálogo podemos buscar soluções e nos estruturar. O baixo madeira não era atendido e com a nossa gestão, queremos buscar essa parceria”, disse o presidente da cooperativa, João Batista Carval.
Ao final de cada apresentação, o adjunto da Semagric expôs a preocupação do prefeito em fortalecer o setor, sem o desperdício de recursos públicos. Gustavo relembrou os programas de incentivo em funcionamento na secretaria e esclareceu que esse diagnóstico associado a expertise do Sebrae é fundamental para o sucesso da proposta.
“Temos os programas de fomento, mas antes de tudo precisamos capacitar os produtores para dar continuidade a eles sem desperdícios, zelando pelos investimentos tanto por parte das cooperativas quanto do poder público. Com o trabalho de planejamento estratégico iremos atingir diretamente 500 famílias e indiretamente muitas outras”, disse o gestor.