Após denúncia, 21 técnicos de patinação são acusados de abuso sexual e agressão

Investigação do Ministério do Esporte começou após denúncia de Sarah Abitbol, que afirmou ter sido estuprada por Gilles Beyer de 1990 a 1992, quando era adolescente

Um total de 21 treinadores que trabalham para a Federação Francesa de Patinação ou em clubes credenciados foram identificados em uma investigação de acusações de agressão sexual, assédio ou violência. As informações são da agência de notícias Associated Press, após comunicado do Ministério do Esporte da França.

A investigação foi iniciada em fevereiro, a pedido do Ministério do Esporte, depois que a ex-campeã francesa Sarah Abitbol disse em um livro que ela foi estuprada pelo treinador de patinação Gilles Beyer de 1990 a 1992, quando era adolescente. As alegações levaram à renúncia do antigo chefe da federação de patinação da França, Didier Gailhaguet, que negou a proteção ao treinador.

Após as acusações da Abitbol, mais atletas se manifestaram para denunciar a suposta violência sexual de treinadores por um período de 30 anos. Depois de realizar audiências e analisar os testemunhos dos atletas, a investigação descobriu que 12 treinadores foram acusados de assédio ou agressão sexual, incluindo três que foram condenados a penas de prisão.

Além disso, sete casos de violência física ou verbal foram relatados, enquanto outros dois casos foram relacionados a treinadores que morreram antes do final do processo judicial. A investigação também apontou um “verdadeiro problema de álcool” entre alguns treinadores.

– O volume de casos identificados é indicativo de práticas e comportamentos que foram replicados por gerações de treinadores. É incomparável internacionalmente – disse o Ministério, em nota.

Os promotores de Paris abriram uma investigação criminal depois que Abitbol acusou Beyer. De acordo com o Ministério do Esporte, um treinador foi detido em fevereiro, enquanto outros cinco foram banidos em abril do treinamento. Todas as investigações administrativas que foram interrompidas por causa do bloqueio de coronavírus na França foram retomadas.

 

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