O empate com o Corinthians pela sétima rodada do Brasileirão não deixou o técnico Rogério Ceni satisfeito. O comandante esperava somar mais três pontos no campeonato, até porque ele já projeta disputas decisivas pelo São Paulo no próximo mês. Segundo o treinador, a partir de agora as competições vão começar a se afunilar e ele espera manter o tricolor em alta.
“Acredito que no mês de junho começaremos a ter mais dificuldades, pois todos os jogos passam a ser decisivos”, afirmou o treinador, que além do Brasileirão vai comandar o São Paulo em partidas de mata-mata pela Copa do Brasil (oitavas de final) e pela Copa Sul-Americana (já está garantido nas oitavas também).
Só que nesse projeto de tentar levar adiante as três competições, Ceni já avisou a diretoria que espera manter as principais peças no elenco e, caso o clube realmente tenha de vender jogadores, precisa ser um negócio que seja lucrativo. “Se não for para vender por mais de 10 milhões de euros, não deve vender”, disse.
O maior temor de Ceni é perder algumas peças importantes da equipe, principalmente os jovens jogadores que estão se destacando, como Rodrigo Nestor, Gabriel Sara, Pablo Maia e Igor Gomes. “Tem alguns jovens que são muito importantes para a gente e não podemos perder. No final do ano, faz parte. Mas não dá para desmanchar o time agora”, continuou.
Ceni confessa que uma boa venda para o exterior, acima de 10 milhões de euros, mais a porcentagem de uma possível negociação do atacante Antony na Europa (o clube paulista ganharia praticamente a mesma quantia caso o atleta se transfira do Ajax para o Manchester United), daria tranquilidade para o caixa tricolor.
O comandante reforça que, caso alguma peça saia, ela teria de ser reposta com atletas que atuam no Brasil. “Não precisamos trazer jogadores caros, podemos olhar para a Série B. O São Paulo já formou grandes times assim, não precisamos de nome. Precisamos de jogador com alma e coragem”, explicou.
O treinador também falou sobre a permanência de Calleri para a próxima temporada. O atacante tem contrato até o fim do ano, mas o São Paulo deve exercer sua prioridade de compra por US$ 3 milhões. “Eu tenho convicção de que o Calleri vai ser comprado. Tenho certeza de que ele vai ficar com a gente. É um jogador muito importante, jogamos em função dele, no São Paulo ele se sente bem e é feliz. Mas no momento correto, só no final do ano vamos ver isso. Até lá tem muita coisa para acontecer”, avisou.