Fifa quer padronizar uso do VAR: “Cada país não pode interpretar as regras à sua maneira”

Pierluigi Collina, presidente da Comissão de Arbitragem da Fifa — Foto: Getty Images

Alvo de polêmicas desde a implementação em escala global na Copa de 2018, o árbitro de vídeo é um assunto que preocupa Pierluigi Collina, ex-juiz italiano e atual presidente de Comissão de Arbitragem da Fifa. Em entrevista à agência “Reuters”, ele garantiu que a entidade vai intervir para padronizar o uso da ferramenta.

 É responsabilidade da Fifa ter as leis do jogo implementadas em todo o mundo da mesma maneira. Cada país não pode interpretar as regras à sua maneira. Nossa responsabilidade é garantir que o futebol seja jogado da mesma forma em todo o mundo.

A partir da próxima temporada, a Fifa vai assumir a operação do VAR em escala global para diminuir esses problemas. Antes, a entidade trabalhava em cooperação com a International Board (Ifab), organização que legisla sobre as regras do futebol profissional.

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As principais críticas ao VAR são relacionadas ao fato das diferentes interpretações dadas em ligas ao redor do mundo. Na Inglaterra, por exemplo, a ferramenta não é usada para checar se os goleiros se adiantam em penalidades.

Na Espanha, por sua vez, esse tipo de infração é marcado em profusão, como ocorreu no duelo entre Barcelona e Atlético de Madrid. Na ocasião, o juiz mandou voltar o pênalti cobrado por Diego Costa e defendido por Ter Stegen, já que o goleiro alemão se adiantou.

Collina acredita que, se esse cenário persistir, as competições internacionais, como o Mundial de Clubes e a Copa do Mundo, vão ser prejudicadas.

“Dizer que o VAR deve ser usado da mesma maneira em todo o mundo é algo óbvio”

– Como imaginar competições internacionais disputadas por equipes acostumadas com diferentes interpretações das regras nos torneios domésticos? É claro que pode haver algumas pequenas diferenças, mas a implementação geral deve ser a mesma.

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