Filho do heptacampeão Michael Schumacher, Mick está pronto para brilhar na F-1

O alemão de 21 anos está perto de garantir o título da principal categoria de acesso, a Fórmula 2.

A grande pergunta do mundo da Fórmula 1 atualmente não é se um dia o filho do heptacampeão mundial Michael Schumacher será piloto da categoria. A pergunta apenas é quando isso será concretizado. A certeza é grande porque Mick Schumacher não só tem um dos sobrenomes mais marcantes da história do automobilismo, como também se revelou rápido, regular e com uma carreira fulminante.

O alemão de 21 anos está perto de garantir o título da principal categoria de acesso, a Fórmula 2. Para quem viu de perto a trajetória dele, os resultados positivos dos últimos anos chegam a ser uma grande surpresa. O piloto não teve um início brilhante no kart, porém conseguiu o raro feito de evoluir na hora mais difícil. Na transição para os carros, ele teve boa adaptação e conseguiu mostrar um atributo fundamental para os novatos: a regularidade.

O grande título da carreira dele até agora foi o da Fórmula 3 Europeia em 2018. Das 30 provas, ele ganhou oito e só deixou de pontuar em seis delas. Nas 20 primeiras provas deste ano na Fórmula 2, o alemão teve duas vitórias e só deixou de marcar pontos em três.

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A regularidade é fundamental nessas categorias, pois sempre há corridas com o grid invertido para dez primeiras posições. Assim, quem terminou uma etapa em primeiro terá de largar na próxima vez em décimo, no meio do pelotão, e com dificuldade para ultrapassar. Por isso, é corriqueiro as provas terem resultados aleatórios.

O brasileiro Giuliano Raucci trabalha de coach de pilotos e até anos atrás foi adversário de Mick no kart e em outras categorias. Para ele, o crescimento de Mick foi uma surpresa, pois no começo da carreira o alemão estava longe de ser um destaque. “Ele se mostrou um piloto de carros de Fórmula muito melhor do que era no kart. Ele evoluiu muito rápido”, contou.

Durante os tempos de kart, Mick não chamava a atenção tanto pelos resultados, mas apenas pela presença do pai. Antes do acidente grave de esqui em dezembro de 2013, Michael acompanhava o filho com frequência e buscava ser discreto. O astro alemão se sentou na arquibancada, disfarçado, para ficar anotando os tempos dos concorrentes do filho.

Ainda naquela época Mick usava o sobrenome da mãe (Betsch) para não chamar tanta a atenção. Ele ainda não brilhava, porém sempre demonstrou ser disciplinado. “O Mick sempre foi muito focado. Ele fazia aquecimentos antes das corridas em uma época em que ninguém se preocupava tanto com isso. Com o tempo ele se tornou mais constante e regular, mas sempre foi uma pessoa muito reservada”, contou Raucci.

O perfeccionismo para entender a administrar o ritmo das corridas e para trabalhar nos pontos fracos sempre foram marcantes. Desde 2019 o piloto entrou no concorrido projeto de desenvolvimento de pilotos da Academia Ferrari, o que foi fundamental para que convivesse de perto com os pilotos principais e tivesse acompanhamento próximo de instrutores.

O brasileiro Gianluca Petecof, de 18 anos, também integra o projeto e garante que Mick é bastante dedicado. “O Mick é muito tranquilo e tem uma ética de trabalho muito precisa. Não é só por causa do sobrenome e da história familiar que ele está conquistando tudo. Ele trabalha muito forte, é esforçado.”

De poucas palavras, Mick disse que um dos segredos do trabalho é mais do que o talento. O trabalho duro no dia a dia é o caminho que ele quer utilizar para chegar na Fórmula 1. E isso não deve demorar. “Se você reservar um tempo para se aprimorar e um tempo a cada dia para aprender as coisas direito, a longo prazo vai funcionar melhor do que se você tentar apressar tudo”, afirmou.

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