A presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, tem o plano de recriar a Copa Intercontinental, que entre 1960 e 2004 opôs os campeões da Libertadores e da Copa dos Campeões (depois Liga dos Campeões) da Uefa.
Nesta quinta-feira, após o Congresso da Fifa em Paris, o GloboEsporte.com perguntou ao presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, se havia alguma possibilidade de recriar a disputa entre os campeões continentais de Europa e América do Sul. Resposta:
– Por que não?
Em 2017, a Fifa reconheceu os vencedores do torneio como campeões mundiais. Agora o projeto tem outro peso, menor, até porque a Fifa acaba de anunciar a criação de um novo Mundial de Clubes, com 24 participantes – sendo oito da Europa e seis da América do Sul.
A Conmebol não quer criar concorrência ao torneio da Fifa, mas aproveitar o fato de que os duelos entre clubes de diferentes continentes vão ficar bem menos frequentes – o novo Mundial só será disputado uma vez a cada quatro anos.
O assunto é tratado com cautela, como um plano que precisa ser bem trabalhado para não ser descartado prematuramente. A entidade sul-americana não vê possibilidade de tirar a ideia do papel antes de 2021, ano em que estreia o novo formato do Mundial de Clubes, com 24 participantes.
A “nova” Intercontinental também envolveria menos custos, menos tempo e uma organização mais simples, já que envolveria apenas dois times se enfrentando num campo neutro. Também é provável que o plano da Conmebol enfrente resistência na ECA, a associação de clubes europeus.
A Intercontinental foi organizada pela última vez em 2004. A partir do ano seguinte, entrou no calendário o Mundial de Clubes da Fifa, disputado por sete times, representantes das seis confederações e do país-sede – Japão, Emirados Árabes Unidos e Marrocos já abrigaram o campeonato. Em 2019 e 2020, suas últimas edições, o torneio será no Catar.
Por Martín Fernandez – GloboEsporte.com