A maioria parlamentar elegeu os nove membros da comissão enquanto toda a oposição se recusou a apresentar os seus candidatos e a votar a proposta, descrevendo a nova entidade como “ilegal” e “inconstitucional”.
A comissão deverá investigar se entre 2007 e 2022 os políticos polacos tomaram decisões que favoreciam os interesses russos, que colocariam em causa a segurança do país.
Nas próximas eleições, o partido Lei e Justiça, que governa desde 2015, tenta um terceiro mandato, ao mesmo tempo que enfrenta uma coligação de partidos centristas, agora na oposição.
O partido no poder acusa o líder da oposição, Donald Tusk – ex-presidente do Conselho Europeu e líder da coligação de partidos cívicos -, de ter sido demasiado amigável com a Rússia e com o Presidente Vladimir Putin, e de ter feito acordos de gás favoráveis a Moscovo, quando foi primeiro-ministro, entre 2007 e 2014, antes de ir para Bruxelas.
Os críticos do atual Governo dizem que a comissão obterá poderes que considera inconstitucionais, incluindo a capacidade de excluir funcionários da vida pública durante uma década.
A União Europeia iniciou em Junho uma ação judicial contra a Polónia, país membro, devido à controversa lei que cria a comissão e avisou para a possibilidade de medidas sancionatórias, caso o órgão seja ativado.
Também os Estados Unidos criticaram esta decisão, alegando violação do estado de Direito.