O Presidente dos Estados Unidos rejeitou divulgar um comunicado preparado pela Casa Branca que apelidava de “herói” o senador John McCain, morto no último sábado (25), com quem Donald Trump manteve um relacionamento tenso. As informações são do Washington Post.
Após a morte de McCain, vários funcionários, entre eles a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, e o chefe de gabinete, John Kelly, defenderam a divulgação de um comunicado oficial no qual o senador era tratado como “herói” e elogiava o seu serviço militar, em particular o desempenho no Vietnã, onde foi prisioneiro de guerra.
Contudo, Trump rejeitou a versão final da declaração e disse que preferia reagir na sua conta da rede social Twitter, de acordo com o Washington Post, que cita funcionários e ex-funcionários da Casa Branca.
A publicação no Twitter do Presidente dos Estados Unidos expressava a sua “mais profunda compaixão e respeito pela família”, mas não continha elogios à figura de McCain.
A decisão de Trump rompe com o protocolo seguido pelos presidentes dos Estados Unidos que, por norma, enviam à comunicação social uma nota na qual destacam as realizações e conquistas de personalidades proeminentes após a sua morte.
O senador do Arizona morreu no sábado, poucos dias depois de ter feito 82 anos, no seu rancho em Sedona, após 13 meses de luta contra um câncer no cérebro.
Os antigos presidentes norte-americanos Barack Obama e George W. Bush, um democrata e um republicano, deverão fazer um elogio fúnebre durante a cerimônia, a seu pedido, de acordo com o New York Times.
Veículos da imprensa avançaram que McCain pediu especificamente que Donald Trump não participasse na cerimônia.