O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, se encontraram na manhã desta quinta-feira (19/10), em Jerusalém, Israel. O premiê do Reino Unido disse que a nação está em sofrimento e afirmou que apoia Israel contra o terrorismo. “Será uma longa guerra”, enfatizou Netanyahu nesta manhã.
As autoridades se reuniram com a imprensa em um pronunciamento nesta manhã.
Em busca de um suporte contínuo do Reino Unido, Netanyahu enfatizou a figura do Hamas como terrorista, e solicitou apoio nesse conflito contra o grupo, que se estende desde o sábado (7/10). Ele chegou a comparar o grupo com o nazismo e o Estado Islâmico.
“Hamas é o novo nazismo, eles são o novo ISIS, (…) e nós temos que lutar contra eles juntos assim como o mundo civilizado se uniu para derrotar os nazistas. O mundo precisa agora apoiar Israel enquanto lutamos para derrotar o Hamas”, afirmou Netanyahu. “É uma batalha de todo o mundo civilizado. Uma batalha de Israel, uma batalha moderna dos países Árabes, da sociedade do oriente, do mundo livre, uma batalha pelo futuro”, completou.
“Oito anos atrás, primeiro-ministro, o mundo civilizado o apoiou em sua hora mais sombria. Essa é a nossa hora mais sombria, a hora mais sombria do mundo. Precisamos nos apoiar, juntos”, enfatizou Netanyahu.
O primeiro-ministro britânico, Sunak, havia prestado apoio à Israel em suas redes sociais, na manhã desta quinta, e a expectativa é que ele pressione o país a abrir um corredor humanitário na Faixa de Gaza.
Em busca de ajuda
Após dias de negociação e consternação de diversos chefes globais, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votou a minuta brasileira de resolução que poderia frear o conflito entre Israel e o Hamas. O texto, no entanto, não passou – foi vetado pelos Estados Unidos (EUA), na última quarta-feira (17/10). Agora, uma perspectiva pacífica está mais distante no horizonte.
Os mais de 2 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza, nesse contexto, seguem entregues a uma guerra sem horizonte de fim. Só até a última quarta-feira (18/10), o conflito resultou em mais de 4,9 mil mortes. Na Palestina, foram 3.540 mortos. As autoridades de Israel informaram 1,4 mil mortes. Somados ambos os lados, o número de feridos passa de 17,7 mil.
De acordo com o primeiro-ministro israelense, Benjamim Netanyahu, a decisão de permitir ajuda limitada a partir do Egito foi tomada após um pedido formal do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita a Israel.
O governo federal já repatriou mais de 1,1 mil pessoas, tendo encerrado a primeira fase da maior operação já realizada pelo país em uma zona de conflito. Ao todo, já saíram de Israel para o Brasil em voos da Força Aérea Brasileira (FAB) 1.135 cidadãos brasileiros. O resgate, batizado Operação Voltando em Paz, começou logo após a declaração de guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. Faltam, agora, os brasileiros que estão na Faixa de Gaza – impedidos de chegar à passagem de Rafah, para o Egito, devido ao conflito.