O Corpo de Bombeiros iniciou o terceiro dia de buscas por Marcos Paulo de Lima Marques, de 28 anos, que desapareceu no Rio Madeira na última quinta-feira (15), próximo ao distrito de Cujubinzinho (RO).
Segundo a família da vítima, os agentes enviados pelo Corpo de Bombeiros não são suficientes para atender a demanda, e os dois mergulhadores que trabalham no caso não estão fazendo as buscas por baixo da água.
“Eles falaram que se retirassem as balsas de lá hoje de manhã eles iam mergulhar. Tiraram as balsas e eles falaram que não vão mergulhar”, conta Maria de Fátima Marques de Lima, tia da vítima.
De acordo com Maria, nas proximidades do local cerca de 20 amigos de Marcos Paulo estão revezando para que as buscas não parem.
“Eles estão lá 24 horas, estão dormindo e comendo lá. A gente tá levando comida e água pra eles, mas nós precisamos de mergulhadores. Eu acredito que Marcos está lá. Ele está lá!”, diz Maria.
Outra reclamação da família é referente a demora no atendimento da ocorrência, segundo eles, na quinta-feira os bombeiros foram chamados às 15h15 e só chegaram no local às 17h30.
O Corpo de Bombeiros informou ao G1 que só foram acionados próximo às 17h e além dos mergulhadores, barcos estão no local subindo e descendo nos trechos onde Marcos desapareceu.
Porém, segundo o coronel Gilvander Gregório, subcomandante geral dos Bombeiros, nem todos os pontos do Rio Madeira são possíveis para mergulho.
“Tem lugar que se eu colocar um homem para mergulhar eu vou matar o bombeiro lá”, disse o coronel.
Conforme dados repassados pelo Corpo de Bombeiros, apenas 2% dos corpos que desaparecem no Rio Madeira são encontrados, ou seja, a cada 100 desaparecimentos somente dois corpos retornam para as famílias. No ano passado 55 pessoas morreram vítimas de afogamento em Rondônia. Em 2018 o número já chegou a 57.
“O Rio Madeira não perdoa”, lamenta o coronel Gregório.
O desaparecimento
Marcos desapareceu no Rio Madeira enquanto pescava com amigos na tarde da última quinta-feira (15). As buscas se concentram na região de Porto de Maggi, local em que a vítima estava.
Ele teria mergulhado no rio para soltar uma linha de pesca que estava presa e não retornou à superfície.

















