Abordagem da polícia aconteceu em Nova Mamoré (RO). Eduardo Paes (PSB) se recusou a ser revistado por causa de imunidade parlamentar, diz PM.
O Vereador Eduardo Paes (PSB), de Guajará-Mirim (RO), foi preso por desobediência durante uma abordagem da Polícia Militar (PM) neste fim de semana em Nova Mamoré (RO), a 300 quilômetros de Porto Velho. Segundo a PM, o vereador estava em um carro com outras pessoas e teria recusado ser abordado pela guarnição alegando ter imunidade parlamentar.
O G1 tentou entrar em contato com o parlamentar neste sábado (1°), mas não obteve nenhum retorno de Eduardo Paes até a publicação da reportagem.
Conforme informações repassadas pela PM, uma guarnição fazia abordagem na entrada de Nova Mamoré, próximo a um posto de gasolina, quando o carro com o parlamentar se aproximou.
Os policiais deram ordem de parada e ordenaram que os passageiros saíssem do veículo para uma abordagem de rotina, assim como o veículo seria revistado.
Conforme a PM, o vereador de 26 anos se recusou a ser revistado pelos agentes e imediatamente alegou ter imunidade parlamentar, ressaltando que não poderia ser abordado e nem revistado por aquela guarnição.
O comandante da guarnição tentou convencer o vereador da necessidade da abordagem como procedimento de segurança, mas ele se negou mais uma vez.
Diante da nova negativa, o policial deu voz de prisão por desobediência e o informou no interior da viatura que ele seria revistado, mesmo que fosse necessário o uso da força moderada. Mesmo não concordando, o parlamentar foi revistado, mas com ele nada foi encontrado.
O vereador foi conduzido ao hospital do município e fez um exame de corpo de delito. Em seguida foi ouvido pelo delegado plantonista e liberado.
Investigação
Em entrevista o delegado que atendeu o caso, Lawrence Lachi, declarou que não houve resistência na ocorrência, mas Eduardo Paes foi conduzido pelo crime de desobediência durante uma abordagem policial.
“A ocorrência foi classificada pela PM como desobediência e trata-se de um crime de menor potencial ofensivo e não houve estado de flagrante. Nesse caso, o vereador e os demais envolvidos na ocorrência foram notificados para comparecer na delegacia posteriormente para prestar depoimento, ou seja, ele e os outros ainda não foram ouvidos. Ele (Eduardo) será ouvido pela autoridade policial dentro de uma agenda útil”, explica.
Sobre os procedimentos em relação à ocorrência, o delegado explicou ainda que o caso será investigado e, se for comprovado que houve desobediência, o parlamentar poderá responder um Termo Circunstanciado (TC).
“Existe um cronograma e provavelmente iremos colher o depoimento na próxima semana. A abordagem é uma situação comum, corriqueira, mas com a peculiaridade que envolveu este vereador”, finalizou Lawrence.
Fonte: G1
quase, imortal.