Os indígenas de Rondônia têm como principal ocupação, a agricultura de subsistência, esse costume vem evoluindo para incorporar culturas agrícolas comerciais, como é o caso da lavoura do café, que vem se destacando nas aldeias dos povos Paeter Suruí, Aruá, Arara e Gavião.
Três dos cinco produtores premiados no Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia – Concafé, no ano de 2022, são agricultores de etnias indígenas Aruá e Suruí, que cultivam café de modo agroecológico. As premiações demonstram a competência desses agricultores, e revelam a importância da assistência técnica prestada pela Entidade Autárquica de Assistência técnica e Extensão Rural, para o desenvolvimento de uma agricultura indígena de escala econômica e sustentável.
PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS
O responsável pelo PAA no âmbito da Emater/RO, Arnaldo Brito explicou que, no projeto elaborado para o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA deste ano, está previsto o cadastramento de famílias indígenas como fornecedoras de alimentos ao programa. “E melhor que isto, os produtos adquiridos poderão ser doados simultaneamente às famílias da própria comunidade, porque se tem observado através de diagnósticos sociais, que são as populações tradicionais as que mais enfrentam quadros de insegurança alimentar”, disse.
O governador Marcos Rocha ressalta o destaque que o café produzido pelos indígenas tem ganhado nos últimos anos. “O café produzido em Rondônia pelos indígenas se destaca em todos os quesitos, da produção à colheita. Exemplo disso, é o café robusta amazônico produzido de forma sustentável e que ao longo dos anos tem conquistado vários prêmios, colocando esses povos em evidência”, comentou.
O Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia, é uma iniciativa do Governo de Rondônia, elaborado pela Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri e executado pela Emater/RO. Em 2022, o 3º lugar foi para Wilson Suruí, da Terra Indígena Sete de Setembro, em Cacoal, o 4º lugar, para Maria Aruá, da Terra Indígena Rio Branco, em Alta Floresta e o 5º lugar foi para Tawã Aruá, da Terra Indígena Rio Branco.