Medidas de prevenção e controle de novas variantes da covid-19 são intensificadas pelo governo de Rondônia

Monitoramento do cenário epidemiológico é feito em todo estado, com foco nas possíveis mutações do vírus e resposta imediata para combater à doença

O governo de Rondônia intensifica medidas de precaução e monitoramento para evitar a propagação de casos de covid-19, incluindo a possibilidade de novas variantes que possam surgir nesta fase de doenças sazonais na região amazônica. Entre as recomendações, está um alerta à população sobre cuidados ao sentir sintomas comuns e diferentes decorrentes da infecção, além da importância da continuidade de protocolos sanitários amplamente divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Segundo o infectologista do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), Juan Miguel Villalobos, é normal que vírus respiratórios apresentem alta mutabilidade, como o coronavírus (SARS-CoV-2), influenza, rinovírus, entre outros. “Há muitos tipos de variantes da covid-19 que surgiram desde o momento da pandemia, a exemplo da ômicron, contudo, isso não está associado à piora dos quadros clínicos. Segundo análises e monitoramentos científicos, essa mutação é comum e tende a proliferar nessa temporada do ano”, explicou.

VACINAÇÃO E PROTEÇÃO

Dada a ligação inerente, o infectologista reitera que essas mutações dependem também do fator de imunização do indivíduo, considerando que a baixa taxa de população vacinada pode contribuir para uma maior circulação das infecções, levando à criação de novas variantes. Algumas das mutações podem ser mais transmissíveis ou escapar parcialmente da imunidade devido a grupos específicos, como pessoas com menos de 4 anos e maiores de 65 anos, que dependem das suas respostas imunitárias. No entanto, as autoridades de saúde recomendam o procedimento de vacinação de forma coletiva.

“Quanto mais pessoas não vacinadas, maiores são as chances de proliferação do vírus. Por isso, é fundamental aderir à imunização, que é uma medida essencial para combater a disseminação na sociedade”, afirmou o infectologista.

IMUNIZAÇÃO INTENSIFICADA

O monitoramento contínuo do cenário epidemiológico em Rondônia destaca ações das secretarias no que diz respeito ao controle do vírus, além da importância de trabalhar em campanhas que incentivem a cobertura vacinal. Especialistas em saúde do estado enfatizam que a baixa adesão as doses das vacinas pode comprometer a proteção coletiva, tornando necessário o cumprimento do seguinte esquema vacinal contra a covid-19:

Total de cinco doses aplicadas, com intervalos de quatro semanas:

Duas doses iniciais;

Dois reforços; e

Uma vacina bivalente para proteger contra variantes.

Governo de Rondônia destaca importância de trabalhar campanhas que incentivem a cobertura vacinal

Entre os locais de imunização, a população pode procurar os postos de atendimento gerenciados em cada um dos 52 municípios de Rondônia. O governo do estado também disponibiliza o Espaço Saúde, que é uma unidade estratégica em um estabelecimento comercial de Porto Velho, para realizar vacinações e receber outras orientações preventivas de infecções sazonais.

SINTOMAS E PREVENÇÃO

O infectologista do Cemetron alerta ainda, para alterações nos sintomas apresentados pelos pacientes infectados devido às variantes.

Entre os sinais mais comuns:

Dores de cabeça intensas;

Cansaço;

Tosse persistente e desconforto respiratório;

Sintomas gastrointestinais, como diarreia e náuseas, que têm sido relatados com maior frequência.

“O que observamos é que esses novos casos apresentam sintomas mais duradouros e, em alguns pacientes, há evolução rápida para quadros mais graves. Os grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com comorbidades, continuam a ser os mais impactados”, explicou o infectologista.

Recomendações já conhecidas da população, como o uso de máscaras em locais fechados e de grande movimento, a higienização frequente das mãos e o distanciamento social, quando necessário, continuam sendo medidas eficazes para combatê-la. O especialista reforça que é fundamental que as pessoas adotem os hábitos seguros, e procurem atendimento médico ao sentir os primeiros sinais de sintomas, tornando-se uma das principais práticas de combate ao vírus.

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