Originários fazem história no Desafio Liga Jovem 2025

Equipe indígena de Rondônia recebe Prêmio de Honra ao Mérito com aplicativo que valoriza a cultura local e une tradição e tecnologia

A primeira equipe indígena a representar Rondônia no Desafio Liga Jovem (DLJ) 2025 recebeu nesta terça-feira (2), em Belém (PA), o Prêmio de Honra ao Mérito. A Equipe Originários, da Escola EIEEFM Zavidiaj Xikov Pi Pohv, em Ji-Paraná, composta por Maria Clara, Ivo e Marcelo Gavião e orientada por Alberto Gavião, apresentou o aplicativo bilíngue Conecta Raízes, que valoriza os saberes ancestrais de sua comunidade e encantou a banca avaliadora. O projeto é fruto de uma intensa jornada de inovação, mostrando como tradição e tecnologia podem caminhar juntas e colocando Rondônia em evidência.

Promovido pelo Sebrae, o DLJ é a maior competição nacional estudantil de empreendedorismo de impacto social e ambiental. Os finalistas receberam vale-compras de R$ 500 e participaram de uma experiência de seis dias na sede da COP30, com intercâmbio entre estudantes e visitas a locais históricos de Belém. Esta edição registrou recorde de 62.276 estudantes inscritos, superando as 54.016 inscrições de 2024, e mais de 5 mil projetos de inovação social foram submetidos, um crescimento de 60% em relação ao ano anterior.

No Ensino Fundamental, o primeiro lugar ficou com o projeto Bioplacas de casca de mariscos: Uma alternativa inteligente para comunidades sustentáveis, da Escola Municipal João Bento de Paiva (PE), orientado por Maria Eduarda Santos da Silva, que transforma cascas de ostras em bioplacas sustentáveis para construção civil.

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No Ensino Médio/Técnico, a vitória foi do Pesqueiro sustentável para pesca da lagosta, da Escola Estadual Professora Josélia de Souza Silva (RN), orientado por Dalison Vitor de Souza, que alia preservação ambiental, valorização social e geração de renda para comunidades pesqueiras.

No Ensino Superior, o primeiro lugar ficou com o projeto Sintoniza – Música acessível para surdos e neuro divergentes através de vibrações, cores e tecnologia inclusiva, do Instituto de Tecnologia e Liderança (SP), orientado por Bruna Mayer Costa, que transforma música em vibrações e cores, promovendo inclusão social e acessibilidade.

Outras iniciativas premiadas com o Prêmio de Honra ao Mérito incluem o Meu Futuro Agora, da equipe Trindade (PB), e o Projeto Asther, da Universidade Estadual de Maringá (PR), que desenvolve próteses mioelétricas acessíveis.

O Desafio Liga Jovem segue fortalecendo a cultura empreendedora, mostrando que tecnologia, inovação e impacto social podem caminhar lado a lado com tradição e conhecimento ancestral.

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