Justiça bloqueia R$ 360 mil do SIM para pagar trabalhadores de transporte coletivo em RO

Decisão foi tomada depois de audiência que tentava conciliação. Sindicato informou que prefeitura segue atrás de uma solução ao impasse.

O Consórcio SIM, empresa então responsável pelo transporte coletivo de Porto Velho, teve R$ 360 mil bloqueados depois da audiência na 5ª Vara do Trabalho, que começou na manhã desta quinta-feira (31) na capital rondoniense.

O motivo, segundo o juiz William Kraemer Poerner, que leu a sentença, é pelo pagamento do ticket refeição e de cestas básicas – referentes a janeiro de 2019 – ainda pendente aos cerca de 730 trabalhadores do serviço na cidade.

A decisão foi tomada após a reunião que objetivava uma conciliação entre o consórcio e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sitetuperon).

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Sitetuperon disse que a prefeitura de Porto Velho informou ao sindicato que ainda segue trabalhando para que os ônibus voltem às ruas. — Foto: Hosana Morais/Rede Amazônica

Ao G1, o presidente do Sitetuperon, Francinei Oliveira, disse que a sentença foi recebida pela categoria “como um alívio” e que ainda aguarda um posicionamento da prefeitura da cidade, pois, segundo ele, o executivo municipal segue à procura de uma resolução para o impasse.

“Isso (bloqueio) foi só uma parcela, mas já é um alívio. A prefeitura adiantou pra gente que continua atrás de uma solução, que pode surgir a qualquer momento”, ressaltou Francinei.

O presidente do sindicato disse ainda que os trabalhadores ajuizaram na 7ª Vara do Trabalho a demissão em massa em forma de rescisão indireta coletiva. Os funcionários decidiram assim no último dia 26 de janeiro por unanimidade.

O G1tentou contato com o consórcio SIM para saber mais detalhes do assunto. Porém, até o fechamento desta publicação, a empresa não se manifestou ou emitiu um comunicado sobre o caso.

Trabalhadores acompanharam a audiência no dia 30 de janeiro. — Foto: Cássia Firmino/G1

Trabalhadores acompanharam a audiência no dia 30 de janeiro. — Foto: Cássia Firmino/G1

A Amazônia Transportes Fretamento e Turismo Ltda (Amazontur), do Amapá (AP), se propôs a assumir o transporte coletivo na última quarta-feira (30), durante audiência no Fórum Cível do Tribunal de Justiça.

Em contrapartida, exigiu que o executivo municipal adiante R$ 3,8 milhões para que os ônibus voltem a rodar nas ruas. O prefeito Hildon Chaves não confirmou se atenderá a exigência da Amazontur.

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