Três crianças fogem de unidade de acolhimento em Porto Velho

Crianças são duas meninas e um menino com idades entre 9 e 11 anos. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), as crianças fizeram um buraco no muro.

Três crianças com idades entre 9 e 11 anos fugiram do Lar do Bebê na tarde do domingo (23) em Porto Velho. As informação foi confirmada ao g1 pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), que fiscaliza unidades de acolhimento.

Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), as crianças fizeram um buraco no muro e conseguiram sair da unidade. Servidores e a Polícia Militar fizeram buscas na região, porém as crianças não foram localizadas.

O TJ chegou a informar que as crianças tinham sido encontradas na manhã desta segunda-feira (24) na casa da mãe de uma delas. Porém, quando uma equipe da polícia foi até o local buscá-la, a residência estava vazia.

O Lar do Bebê é uma unidade de acolhimento temporária de responsabilidade da Prefeitura de Porto Velho, onde vivem crianças em situação de vulnerabilidade.

O local se tornou alvo de denúncias de estrutura precária, superlotação e falta de cuidadores no último ano. Imagens que o g1 teve acesso mostram a situação do local que abriga mais de 20 acolhidos. É possível ver o sofá rasgado, sujeira na cozinha, banheiro sem estrutura e o parque sem cobertura contra sol e chuva.

Segundo a Polícia Militar (PM), as crianças que fugiram são duas meninas e um menino. A PM informou que foi acionada por volta das 17h por uma das responsáveis pelo local que informou a fuga.

Segundo o TJ-RO, a juíza titular Kerley Alcântara acompanhou os trabalhos de buscas realizados na região e deve adotar medidas judiciais para apurar o caso.

Ação pedindo melhorias

 

O MP-RO informou que entrou com uma ação pública contra o município de Porto Velho, em 2024, solicitando uma reforma na estrutura do Lar do Bebê. A reforma solicitada inclui melhorias nos quartos, a criação de sala de estar, sala de jantar, espaço para estudos, cozinha e varanda.

Além da reforma, a ação pede o aumento da equipe de profissionais e a capacitação dos técnicos para atender as crianças com deficiência e condições neurológicas.

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