O Facebook teria pedido por anos aos bancos e a sociedades financeiras a liberação de acesso a informações sensíveis de usuários para que fossem usadas até em fins publicitários. As informações são do “Wall Street Journal”, em matéria publicada nesta terça-feira (18), que cita fontes anônimas e documentos internos.
Já no ano passado, todos os olhos se voltaram à rede social, que vazou informações pessoais de 87 milhões de perfis no escândalo da Cambridge Analytica. Então, segundo o jornal, o Facebook teria solicitado aos institutos de usar as informações financeiras passadas através do Messenger, o chat da rede social, muito usado como canal para contatar o serviço ao cliente das empresas.
O periódico afirmou ainda que algumas dessas sociedades financeiras, preocupadas com a privacidade dos clientes, negociaram acordos personalizados para limitar o acesso do Facebook às informações. Entre elas, estariam American Express, Bank of America e Paypal.
“Como muitas empresas online, colaboramos com os institutos financeiros para melhorar as experiências comerciais das pessoas, assim como consentir um melhor serviço ao cliente”, declarou Elisabeth Diana, porta-voz do Facebook.
“Enfatizamos aos nossos parceiros que manter seguras as informações pessoas é fundamental. Essa é, e sempre será a nossa prioridade”, adicionou. Já em agosto, o banco italiano Unicredit rompeu as relações com o Facebook julgando a plataforma “antiética”.
Algumas semanas depois, o Bloomberg revelou que o Google e o Mastercard teriam concluído um acordo secreto que permitiria a empresa de Mountain View e os seus acionistas de rastrear os detalhes das vendas dos clientes Master, ainda que “offline” – vendas físicas.