Ataque faz Microsoft atualizar Windows XP e outras versões abandonadas

O ataque cibernético da sexta-feira, 12, afetou pelo menos 75 mil computadores em 99 países graças ao ransomware WannaCry, que sequestrou máquinas e forçou empresas a pararem de funcionar para reabilitar sistemas e prevenir novos ataques. O impacto foi tão pesado que forçou a Microsoft a lançar correções para três versões abandonadas do Windows.

O malware em questão se baseou em uma vulnerabilidade no Windows descoberta e usada pela NSA, a Agência de Segurança Nacional dos EUA, mas que acabou vazando graças a um grupo que se denomina como Shadow Brokers. Em março, a Microsoft já havia lançado uma atualização para todas as versões ainda suportadas do sistema, mas o ataque se proliferou pelo fato de que muitas pessoas e empresas preferem não realizar updates automaticamente.

Só que nem só de Windows 7, 8.1 e 10 vive o mundo. Ainda existem milhares (talvez milhões) de computadores que ainda usam sistemas como Windows XP, Windows Server 2003 e o Windows 8, forçando a Microsoft a se mexer para lançar um pacote de correção para essas três plataformas, ainda que eles já tenham sido oficialmente abandonados.

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Esses três sistemas estão em fase de suporte customizado. Quando uma versão do Windows chega a essa fase, empresas precisam pagar para que a Microsoft continue fornecendo atualizações e correções além do ciclo estendido de suporte. Outros usuários que decidirem não contratar esse serviço e continuarem usando os sistemas estão por sua conta e risco, o que explica por que a Microsoft define a liberação da atualização para todos os usuários como “altamente incomum”.

“Ver empresas e indivíduos afetados por ciberataques como os relatados hoje foi doloroso. Dado o impacto potencial para clientes e suas empresas, nós decidimos liberar a atualização de segurança para plataformas que estão limitadas ao suporte customizado”, explicou Phillip Misner, gerente de segurança na Microsoft.

Ao que tudo indica, no entanto, o ataque já cessou graças a um feliz acidente. Um hacker encontrou no código do malware uma URL não-registrada e decidiu comprar o domínio; o endereço serviria como uma alavanca para interromper a difusão do malware. Acontece que o rapaz de 22 anos não tinha certeza da função quando decidiu adquirir o endereço.

 

Fonte: OlharDigital

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