A promotora Regiane Vinche Zampar Guimarães Pereira, do Ministério Público de São Paulo, propôs que Gabriel Barbosa de Almeida, o Gabigol, atacante do Flamengo, pague 100 salários mínimos por ter sido flagrado em um cassino clandestino no último domingo (14). O valor, equivalente a R$ 110 mil, seria entregue ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente.
O expediente adotado chama-se transação penal, usado em crimes de menor potencial ofensivo. Neste caso, o Ministério Público e o acusado firmam um acordo para o pagamento antecipado da multa.
O documento foi enviado pela promotora nesta quinta-feira (18) à tarde e o juiz designado para o caso vai decidir se aceita a proposta.
O salário do jogador na equipe carioca está em cerca de R$ 1,2 milhão por mês.
O valor da multa de Gabigol é o maior entre os 21 relacionados pelo Ministério Público. As demais penas variam entre meio (R$ 550) a 40 salários mínimos (R$ 44 mil).
Gabigol foi um dos flagrados em operação de policiais militares, guardas civis, agentes sanitários, fiscais da prefeitura em um apartamento no quarto andar de prédio na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo. A denúncia era que ocorria uma festa clandestina e aglomeração de pessoas.
“O grupo subiu até o quarto andar e apurou que, na realidade, se tratava de um cassino clandestino, onde aproximadamente 150 pessoas se aglomeravam, a maioria sem o uso de máscaras de proteção, consumindo bebidas alcoólicas e realizando apostas em dinheiro nos jogos oferecidos”, escreveu a promotora.
Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), da Polícia Civil, o atacante tentou se escondeu embaixo de uma mesa, “atrás de umas moças” e estava sem máscara.
“Ele é um pouquinho nervosinho com a presença da polícia, mas depois foi conduzido para a delegacia, onde foi ouvido”, disse o delegado à Rede Globo.
Também em entrevista à Globo, Gabigol admitiu o erro, afirmou ter sido convidado por amigos mas não sabia para onde estava indo. Afirmou que desejava apenas jantar.
“Eu comi com os amigos e quando eu estava indo embora, [a polícia] acabou chegando”, tentou explicar.