Esta segunda-feira foi o dia mais quente de que há registo, depois de um domingo em que se bateu um recorde, de acordo com os dados preliminares da agência de monitorização da União Europeia.
A temperatura média do ar à superfície do planeta atingiu 17,15 ºC na segunda-feira, ultrapassando o novo recorde estabelecido no domingo, de 17,09 ºC – uma diferença de 0,06 ºC.
Os dados preliminares do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus fazem desta segunda-feira o dia mais quente de que há registo desde 1940.
Onda de calor em Portugal leva milhares à praia esta semana. As imagens
Treze distritos de Portugal continental mantêm-se esta quarta-feira sob aviso laranja devido ao tempo quente, num dia em que há mais de 40 concelhos em perigo máximo de incêndio rural.
Os dias de calor recorde surgem num período em que milhões de pessoas em todo o mundo sofreram ondas de calor no Japão, China, Estados Unidos e no “calor infernal” do sul da Europa.
Entretanto, o calor e a humidade combinaram-se para um efeito opressivo no Golfo e as temperaturas elevadas alimentaram os incêndios florestais na Grécia, em Portugal e na América do Norte.
O diretor do Copernicus, Carlo Buontempo, afirmou: “O que é verdadeiramente chocante é a grande diferença que existe entre a temperatura dos últimos 13 meses e os anteriores registos de temperatura.
“Estamos agora em território verdadeiramente desconhecido e, à medida que o clima continua a aquecer, é provável que nos próximos meses e anos sejam batidos novos recordes”, frisou.
Antes de julho de 2023, o recorde mundial de temperatura era de 16,8ºC, estabelecido a 13 de agosto de 2016. Mas desde 3 de julho de 2023, pelo menos 57 dias bateram o anterior recorde de agosto de 2016, distribuído entre julho e agosto de 2023, e junho e julho de 2024.