MPRO lança campanha “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”

A campanha tem início no Dia da Consciência Negra como uma forma de dar visibilidade a mulheres negras, as maiores vítimas de feminicídio e as que mais sofrem com desigualdade social.

 O Ministério Público de Rondônia (MPRO) lançou na segunda-feira (20/11) a campanha “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” para promover o debate, denunciar as formas de agressões e incentivar ações de prevenção a violências.

A campanha tem início no Dia da Consciência Negra como uma forma de dar visibilidade a mulheres negras, as maiores vítimas de feminicídio e as que mais sofrem com desigualdade social.

“Queremos demonstrar hoje, levando essa reflexão para a sociedade e para a nossa própria Instituição, que a mulher negra tem dupla vulnerabilidade: de gênero e de raça. Esse é um recorte importante de se fazer quando se trabalha para combater a violência”, comentou Flávia Barbosa Shimizu Mazzini, Promotora de Justiça e Presidente da Comissão de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do MPRO, ressaltando que a campanha se estende até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Como abertura da programação, foi realizada na manhã desta segunda-feira (20), no auditório do MPRO em Porto Velho, uma palestra da Professora Doutora Rosângela Hilário com o tema “Como o racismo torna as mulheres vítimas”.

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Ela destacou que ser mulher na sociedade brasileira não é fácil, mas ser uma mulher negra é ainda mais desafiador. “É termos constantemente negados e contestados os nossos direitos à humanidade, alteridade, de quais locais podemos ocupar e até o direito de sonhar. As meninas negras desde cedo são ensinadas a servir, a serem subalternas. Desde a infância os nossos saberes são questionados, nossa estética é questionada, e também precisamos falar sobre essas violências”, comentou.
Prestigiaram a abertura da campanha a Promotora de Justiça Edna Capeli da Silva Oliveira, a Ouvidora das Mulheres, Promotora de Justiça Andréa Luciana Damacena Ferreira Engel, o Diretor da Escola do Ministério Público de Rondônia (EMPRO), Procurador de Justiça Marcelo Lima de Oliveira, o Coordenador do Núcleo de Atendimento às Vítimas (NAVIT), Promotor de Justiça André Luiz Rocha de Almeida, e o Coordenador do Grupo de Atuação Especial Cível e de Defesa dos Direitos Humanos, da Cidadania, do Consumidor, das Crianças, Adolescentes e Jovens e da Saúde (GAECIV), Promotor de Justiça Julian Imthon Farago.
Também compareceram à abertura do evento equipes da Polícia Militar que atuam na Patrulha Maria da Penha e que fazem o acompanhamento de mulheres vítimas de violência doméstica, além de representantes da Defensoria Pública do Estado de Rondônia (DPE-RO).

Ações em conjunto — Durante os “21 dias de ativismo” serão divulgados nas redes sociais do MPRO relatos de famílias de vítimas de feminicídio em Rondônia. O objetivo, além de sensibilizar para o tema, é disseminar informações sobre como pedir ajuda em casos graves e como identificar os primeiros sinais de violência doméstica.

Próximas atividades — No dia 30 de novembro, a partir das 9h, também no auditório do MPRO na capital, a Promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo e Coordenadora da Ouvidoria da Mulher, Silvia Chakian, ministra a palestra “A construção dos direitos das mulheres”. Os interessados em participar podem se inscrever gratuitamente clicando aqui.

Além do Dia da Consciência Negra, compõem os 21 dias de ativismo as datas históricas: 25 de novembro – Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres; 1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à AIDS; 6 de dezembro – Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (Campanha Laço Branco); e 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.

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