Após acordo com EUA, Talibã anuncia que voltará a atacar tropas do governo afegão

Porta-voz do grupo explicou que seus combatentes não atacarão as forças estrangeiras, mas darão prosseguimento aos ataques contra as forças do governo de Cabul

Dois dias após a assinatura de um acordo histórico com os Estados Unidos, o Talibã anunciou nesta segunda-feira (2) o fim da trégua parcial de nove dias e a retomada dos ataques às forças de segurança afegãs.

O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, declarou que trégua, estabelecida em 22 de fevereiro, terminou e que as operações do grupo “voltarão ao normal”, de acordo com a agência France Presse.

“Nossos combatentes não atacarão as forças estrangeiras, mas nossas operações contra as forças do governo de Cabul continuarão”, declarou o porta-voz.

Pouco tempo depois do anúncio, a polícia afegã anunciou a morte de três pessoas na explosão de uma bomba em um campo de futebol no leste do país. Não está claro quem é o responsável pela ação.

No domingo (1º), o presidente afegão, Ashraf Ghani, havia anunciado o prolongamento da trégua parcial pelo menos até o início das discussões entre o governo e os rebeldes afegãos, agendadas para 10 de março, com o objetivo de “alcançar um cessar-fogo completo”.

Nesta segunda-feira, os talibãs declararam que não irão negociar com o governo afegão até que 5 mil prisioneiros sejam libertados. “Se nossos 5 mil prisioneiros não forem libertados, não haverá conversações intra-afegãs”, disse Mujahid à Reuters.

Em resposta, o porta-voz da presidência afegã, Sediq Sediqqi, afirmou que o governo de Ashraf Ghani não se comprometeu a libertar os prisioneiros do Talibã e ressaltou que essa questão “não pode ser um requisito para negociações” e, ao contrário, deve fazer parte das negociações.

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