Bomba-relógio explode em tribunal de Atenas

Os vidros das janelas na fachada do edifício foram quebrados com o impacto da bomba.

Uma bomba-relógio explodiu na madrugada desta sexta-feira (22) no Tribunal de Apelação de Atenas causando danos consideráveis ​​à fachada do prédio, sem causar vítimas, segundo afirmaram fontes policiais.

A explosão ocorreu por volta das 23h de quinta-feira (21) em Brasília após telefonemas anônimos para dois jornais gregos que alertavam sobre uma possível explosão, segundo informou a polícia, enquanto retirava a população da área.

Os vidros das janelas na fachada do edifício foram quebrados com o impacto da bomba.

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Meia hora antes da explosão, uma van estacionou em frente ao Tribunal de Apelações. Duas pessoas saíram do veículo e colocaram a bomba na frente do prédio, enquanto o motorista disparava contra o segurança do tribunal, sem conseguir atingi-lo, de acordo com a polícia. Um mato foi encontrado perto do estande do guardião enquanto a van foi encontrada carbonizada em um bairro próximo, disse a fonte.

O ministro grego da Justiça, Stavros Kontonis, que visitou a cena do crime, condenou este “ato atroz e criminoso” em declarações para a imprensa. Os serviços antiterroristas gregos tomaram a frente da investigação.

Contra a venda forçada de imóveis

O ataque ainda não foi reivindicado e acontece em um momento de fortes protestos contra uma lei que aumentou a repressão às pessoas que tentam se opor às vendas forçadas de imóveis de propriedade de gregos endividados.

De acordo com relatórios preliminares da polícia, o ataque é semelhante ao pedido em maio contra o banco grego Eurobank pelo grupo extremista “Grupo de combatentes populares” (OLA).

Ativo desde 2013, o OLA já havia reivindicado os disparos de metralhadora contra a sede do partido de direita Nova Democracia, os tiros contra a residência do embaixador alemão em dezembro de 2013, e o ataque contra a embaixada de Israel, em dezembro de 2014.

A Grécia vem sendo confrontada durante anos por um ativismo antiausteridade visando bancos, representações diplomáticas ou edifícios públicos.