O bilionário Elon Musk chamou, nesta terça-feira (3), de “repugnante, escandaloso e eleitoreiro” o megaprojeto de lei orçamentária que o presidente americano Donald Trump está promovendo no Congresso dos Estados Unidos.
“Sinto muito, mas já não aguento mais”, publicou o bilionário em sua rede social X, dias depois de deixar de ser um dos conselheiros mais próximos de Trump.
Musk afirmou ainda que o texto irá aumentar o déficit orçamentário em US$ 2,5 trilhões (R$ 14 trilhões). Segundo ele, isso “sobrecarregará os americanos com uma dívida esmagadoramente insustentável”.
Por fim, o bilionário declarou que o Congresso está levando os Estados Unidos à falência. Atualmente, tanto a Câmara quanto o Senado têm maioria republicana — mesmo partido de Trump.
Um dos principais aliados de Trump na campanha presidencial de 2024, Musk ganhou destaque no governo dos Estados Unidos ao comandar o Departamento de Eficiência Governamental (Doge). No cargo, ficou responsável por cortar gastos da administração pública.
O bilionário deixou o comando do Doge em 28 de maio, um dia após conceder uma entrevista criticando o plano fiscal proposto por Trump. Em 30 de maio, ele apareceu ao lado do presidente no Salão Oval da Casa Branca para uma despedida formal.
Nos bastidores, no entanto, o entorno de Trump já demonstrava incômodo com a imprevisibilidade de Musk. Segundo a imprensa americana, aliados afirmavam que o bilionário havia se tornado um “fardo político”.
A agência Reuters noticiou ainda que a saída de Musk do Doge aconteceu de forma “rápida e sem cerimônias”. Fontes da Casa Branca afirmaram que o bilionário não teve uma conversa formal com o presidente antes de pedir demissão.
No sábado (31), Trump anunciou que tinha desistido de indicar um aliado de Musk para comandar a Nasa, sem explicar o motivo. Uma fonte da agência Reuters com conhecimento no assunto afirmou que o bilionário ficou desapontado com a medida.