Cremero apura caso de grávida que pediu ajuda pelo WhatsApp antes de morrer em hospital de RO

Luciene Gomes morreu no Hospital de Base em Porto Velho. Cremero abriu processo ético profissional para apurar o caso.

O Conselho Regional de Medicina do estado de Rondônia (Cremero) começou investigar a morte de Luciene Gomes. Ela estava grávida e veio a óbito, na última quinta-feira (1º), após pedir ajuda pelo WhatsApp quando já estava internada no Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho.

O bebê de Luciene nasceu prematuro, com 34 semanas (sete meses), e continua internado em UTI neonatal. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), confirmou que o recém-nascido está respondendo bem aos tratamentos e não corre risco.

Segundo amigos de Luciene, ela enviou áudios por WhatsApp pedindo socorro antes de morrer. Com isso, testemunhas acreditam que a morte foi provocada por suposta negligência da unidade de saúde.

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Em nota divulgada na segunda-feira (5), o Cremero informou que abriu processo ético profissional para identificar se houve negligência durante o atendimento.

Ao G1 o conselho disse que, assim que notificada, a equipe médica do Hospital de Base terá o prazo de 15 dias para responder os questionamentos. O Cremero também escutará os familiares de Luciene durante a apuração.

No caso da constatação de negligência, os responsáveis poderão ser penalizados com advertência e até perca do registro médico.

Cremero apura morte de Luciene Gomes, no Hospital de Base em Porto Velho  — Foto: Cremero/Divulgação

Cremero apura morte de Luciene Gomes, no Hospital de Base em Porto Velho — Foto: Cremero/Divulgação

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) também apura o caso. De acordo com a pasta foi aberta sindicância junto à direção do Hospital de Base.

Veja o posicionamento da Sesau sobre o caso:

“A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informa que junto com a direção do Hospital de Base abriu uma sindicância que está apurando o caso ocorrido na maternidade da unidade hospitalar e esclarece que também já acionou o comitê de mortalidade materna que tem como objetivo identificar os óbitos maternos, neonatais e infantis ocorridos no Estado. Toda assistência está sendo prestada ao recém-nascido.”