A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (12) Felipe da Silva Rocha, principal suspeito de estuprar e matar a idosa Ângela Cortez de Morais, de 68 anos. O crime aconteceu no dia 10 de agosto no distrito de Abunã, que fica a 216 km da área urbana de Porto Velho.
De acordo com a diretora do Departamento de Polícia Metropolitana de Porto Velho, Felipe tem 20 anos e foi preso no Km 70 da BR-319, no munício de Canutama (AM), a 161 km da capital rondoniense.
“O delegado Valnei Calixto, que preside essa investigação, representou pela prisão temporário dele. De posse do mandato, a polícia obteve informações do paradeiro do Felipe e se diligenciou hoje até Canutama, onde conseguiu prendê-lo por volta de 10h. A ação para cumprir o mandado de prisão também teve auxílio dos policiais de Candeias”, diz Rosilei Lima.
Depois de ser preso no Amazonas, Felipe foi encaminhado à Central de Flagrantes de Porto Velho. Ele deve ser transferido ao sistema prisional ainda nesta terça-feira e será indiciado por estupro e latrocínio.
O crime
De acordo com a diretora de Polícia Metropolitana, na noite do crime a idosa havia chamado o avô do suspeito para ver a casa dela, pois teria ouvido barulhos no lado de fora residência. O homem foi ao local, fez uma ronda, mas disse à vítima que não tinha nada no local. Depois da afirmação do vizinho, Ângela foi dormir, por volta das 22h.
Mais tarde, na mesma noite, o avô do suspeito retornou na casa de Ângela e a chamou, mas ela não respondeu. Ele então avisou um familiar da idosa e uma sobrinha da vítima foi ao local e encontrou a casa trancada.
Logo depois a sobrinha percebeu que a tela de uma das janelas estava aberta. Ela entrou no imóvel e encontrou a vítima caída no chão. “Ela descreveu que a dona Ângela estava despida até a altura da cintura e estava em posição de parto, já sem vida”, conta a diretora de polícia.
Rosilei ainda revelou ao G1 que, por meio do laudo, foi constatado que a vítima entrou em luta corporal com o suspeito e teve a quarta vértebra quebrada. “Ela foi atingida na região da nuca, causando uma lesão raquimedular que levou ao óbito dela”, diz.
Roubo e estupro
A diretora explica que a vítima recebia uma pensão mensal e a aposentadoria, que chegava a R$ 2 mil. No entanto, na casa da Ângela foi encontrado cerca de R$ 200 em uma bolsa.
“Após o ocorrido, foi constatado que além de ter sido estuprada, os valores da aposentadoria e da pensão da vítima não estavam no imóvel e que ela tinha sido roubada”, relata a policial.
A vítima, segundo a diretora, tentou escapar de Felipe enquanto era estuprada e não conseguiu. “Ela estava cheia de hematomas. O infrator machucou muito ela, mas ela tentou lutar”, aponta.
DNA confirma estupro
Rosilei diz que o estupro foi confirmado através de um DNA, onde o material genético coletado nas parte intimas da vítima bateu com o de Felipe da Silva Rocha.
“O material coletado foi mandando para confronto e resultou positivamente com a genética do infrator Felipe, que já era suspeito e investigado pela polícia de Nova Mutum”, conta.
A diretora explica que o exame de DNA é crucial para crimes sem testemunhas. “Em alguns casos a Polícia Civil conta com o apoio e o trabalho da Polícia Técnica Científica. Têm crimes que a gente só vai conseguir esclarecer atrás do DNA, e o exame é decisivo para indicar a autoria do fato”, finalizado.