Polícia desmonta esquema de corrupção que movimentou cerca de R$ 6 milhões na prefeitura de Porto Velho

Servidores serão investigados e caso seja comprovada a participação no esquema, irão responder pelos crimes de associação criminosa do caráter competitivo de licitação e lavagem de dinheiro.

A Polícia Civil desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 6 milhões na prefeitura de Porto Velho. De acordo com a polícia, servidores públicos cobravam 10% de propina sobre o valor de Ordens de Serviço e o valor era repassado para contas de outras pessoas.

A ‘Operação Outliers‘ aconteceu na manhã desta terça-feira (27), na sede da prefeitura da capital, onde foi realizado o cumprimento de mais de 22 medidas cautelares, entre mandados de prisão temporária, busca e apreensão e medidas constritivas patrimoniais.

Segundo a Polícia Civil, um grupo de servidores públicos, lotados na Superintendência de Gastos Públicos (SGP), setor responsável pela fiscalização das despesas municipais, são investigados.

Como funcionava o esquema?

 

As investigações revelaram que os servidores inviabilizavam a concorrência no sistema eletrônico, que existe para selecionar propostas de empresas para prestação de serviços. O sistema é utilizado em várias secretarias da prefeitura, voltadas para troca de peças e reparos nos veículos da frota.

De acordo com a polícia, após burlar o sistema de seleção, os servidores priorizavam propostas de empresas pré-selecionadas e as mesmas eram obrigadas a realizar o pagamento de 10% da propina estabelecida.

Os servidores serão investigados e caso seja comprovada a participação, irão responder pelos crimes de associação criminosa, concussão, frustração do caráter competitivo de licitação e lavagem de dinheiro.

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