HOSPITAL SANTA MARCELINA DE RONDÔNIA NO COMBATE A HANSENÍASE

Dia Estadual de Mobilização para o Controle da Hanseníase

O dia 7 de Julho é o Dia Estadual de Mobilização para o Controle da Hanseníase e considerado referência em Rondônia no tratamento e combate a doença, o Hospital Santa Marcelina, diferente dos anos anteriores não fará ações externas, em virtude do cenário atual ocasionado pela Pandemia da Covid-19, as ações alusivas à data não serão realizadas pelo hospital, respeitando o distanciamento a fim de evitar aglomerações e demais medidas sanitárias.

O hospital, através do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, atende várias famílias, em conjunto com a equipe multidisciplinar que está apta a realizar o acompanhamento dos pacientes desde o diagnóstico ao tratamento da doença.

Além do tratamento o Hospital Santa Marcelina, com o importante apoio de parceiros como a ONG NHR BRASIL e Grupo Amaggi, tem feito entrega de cestas básicas para assim beneficiar famílias do programa de Hanseníase atendidos no hospital. Famílias que enfrentam dificuldades neste período. Junto aos parceiros estão envolvidos no projeto a equipe do programa de hanseníase e psicologia do hospital.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

SOBRE A DOENÇA

A hanseníase é uma doença crônica infecciosa, causada pela bactéria mycobacterium leprae (bacilo de Hasen) e seu alto potencial de transmissão pode infectar vários indivíduos, causando ou não distúrbios que podem atacar a pele e os nervos periféricos, ocasionando incapacidade e deformações cutâneas. A hanseníase tem tratamento e cura e as deformidades podem ser evitadas se forem diagnosticadas precocemente.

TRATAMENTO

O tratamento da doença é realizado com a Poliquimioterapia (PQT), uma associação de antibimicrobianos, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Também é feito o acompanhamento através da oficina ortopédica e oficina 3D que funciona no complexo hospitalar, e avalia a necessidade de cada paciente no que se refere a confecção de órteses, próteses e também a reabilitação física.

SITUAÇÃO ATUAL DA HANSENÍASE EM RONDÔNIA

No cenário nacional em 2019, dados preliminares, Rondônia ocupou o 16º lugar no coeficiente de detecção de hanseníase. No 1º lugar está Mato Grosso; 2º Maranhão; 3º Pará; 4º Pernambuco; 5º Bahia.

Rondônia apresenta indicadores epidemiológicos que expressam a magnitude da doença no estado. A Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde preconizam que uma área é considerada sob controle quando há o registro de 10 ou menos casos de hanseníase em 100.000 habitantes.

Em 2019, dados parciais, Rondônia apresentou 484 casos novos da doença, com um coeficiente de detecção de 27,1/100.000 habitantes, que lhe confere a classificação de risco muito alto, conforme parâmetros do Ministério da Saúde.

Outro indicador importante é o coeficiente de detecção em crianças (menores de 15 anos), que em 2019 detectou 14 casos novos, com um coeficiente de 3,24/100.000 hab, o que corrobora para a manutenção de risco alto. Observa-se uma diminuição de casos, em comparação com o ano anterior, em razão de não ter sido realizado nenhuma ação de coletividade para descoberta de casos novos como em 2018. Em relação aos indicadores operacionais, nosso estado atingiu em 2019, proporção de cura nos anos da Coorte: 91,8 % os Parâmetros do Ministério da Saúde é considerado Bom.