Secretário Estadual de Saúde omite informações à população e instituições sobre a realização de exames de Coronavírus em RO

O próprio secretário Fernando Máximo foi obrigado em novo vídeo publicado nas redes sociais a admitir que o estado não está fazendo testes da Covid-19 por falta de materiais (kits).

Como confiar em tantos desencontros e versões divergentes de um gestor que nem ao menos conhece a realidade da saúde do estado, pois ora alega que faz, ora alega não ter kits para exames do Coronavírus? O que será da população com um secretário de Saúde, já declaradamente candidato a prefeito, que muda versões, coloca o governador em tamanha saia justa e a cada dia tenta manipular a população? Em vídeo, o secretário afirmou que nova remessa de kits para a realização de exames da Covid-19 deveria ter chegado na última terça-feira (24). Mas a verdade que somente agora vem à tona é que exames não estão sendo feitos.

O secretário Estadual da Saúde, Fernando Máximo, anunciou no último dia 19 de março, através de uma “Live” no Facebook, que Rondônia iria realizar os próprios testes de Coronavírus. Entretanto, ao que tudo indica e por informações de Cid Orleans em seu perfil, o estado “não está fazendo exames por falta de kits”, ficando presumido que os números apresentados por Fernando Máximo não são reais e não podem ser levados a sério.

O próprio secretário Fernando Máximo foi obrigado em novo vídeo publicado nas redes sociais a admitir que o estado não está fazendo testes da Covid-19 por falta de materiais (kits).

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Na “Live” de sábado (28), após a verdade vir à tona, o discurso do pré-candidato a prefeito mudou. “O Brasil e o mundo têm tido dificuldades para fazer a realização de exames do Coronavírus e em Rondônia não tem sido diferente. Nós estamos a mais de uma semana fazendo exames de Coronavírus aqui no nosso estado, entretanto, na sexta-feira (27) e sábado (28), nós não conseguimos fazer, porque os nossos kits não chegaram”, afirmou.

Os exames estavam sendo realizados no Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen). Todavia, uma nova remessa de kits era para ter chegado, fato que não ocorreu.

A realidade é uma só, a população de Rondônia está entregue à própria sorte e aos caprichos do secretário.

O que se percebe é que até mesmo o governador está mal assessorado pelo secretário, levando as palavras oficiais do dirigente do estado a descrédito.

Uma coisa está clara, já pré-candidato à prefeitura, Fernando Máximo a cada dia tem novas versões e histórias na manga, o que acaba desinformado a população, instituições e todas autoridades.

O que será da população do estado com tais práticas nefastas? O que já se sabe é que o secretário não aceita críticas nem ser assessorado. Quando questionado, afasta servidores, exonera e relota profissionais.

Mas, as instituições já se organizam para buscarem junto ao Poder Judiciário  informações precisas do estado, pois qualquer palavra advinda hoje do secretário de Saúde são folhas ao vento.

Rondônia pode estar entrando no pico da epidemia da Covid-19. Porém, com a pasta da saúde do estado em total descrédito, ninguém mais sabe a quem recorrer para se obter informações verdadeiras.

A situação do secretário é delicada, mas, diante do perfil de não aceitar opiniões e ajuda, talvez somente com intervenção do Judiciário, a população tenha dados mais próximos da realidade do que de fato está acontecendo.

E o pior, com informações desencontradas e assessoramento completamente equivocado, o governador poderá editar novo Decreto reabrindo comércios e afrouxando o isolamento necessário, porém, sem quaisquer informações e dados concretos quanto aos verdadeiros números da possível propagação da Covid-19 no estado.

Desacreditado, o secretário de Saúde como última tábua de salvação, se lançou aos braços do Corpo de Bombeiros Militar, uma das instituições de maior credibilidade e confiança da sociedade, mas já há rumores que alguns integrantes da corporação o veem como um grande peso desnecessário.

O que se espera, nas próximas horas, é que alguém assuma as rédeas da saúde do estado e que o governo seja devidamente assessorado diante desse desafio da Covid-19.

É dever do estado informar a população, instituições e profissionais da saúde, para que todos possam ter o mínimo de dados reais e de segurança, nessa fase difícil de enfrentamento da pandemia do Coronavírus.